Como se formam as ondas?
Esta é normalmente a lição nº4 sobre ondas e mar, na formação da Academia Good Surf Good Love.
Podem revisitar de novos as lições anteriores, no Blog da Academia:
Lição 2: Como ler uma onda – Zonas de Energia.
Lição 3: Leitura do mar – Zonas de Surf.
Lição Extra: Share a Wave!
Lição 4: Como se formam as ondas?
Lição 5: Como quebram as ondas? (Aguardem próxima lição sobre esse assunto!)
Cada uma destas lições, inserem-se numa das 4 etapas do nosso nível Zero, o nível em que se aprendem e apreendem os fundamentos teóricos e práticos, não só no que diz respeito às habilidades técnicas, mas também à cultura original do Surf.
Então como é que as ondas se formam e o que é que as provoca ou cria?
Já ouviram falar da lei de Lavoisier, que diz que nada se perde, nada se cria, tudo se transforma? Acho que aqui como em tantas coisas da vida, se aplica!
Como todos os outros tipos de ondas, sonoras de rádio, eletromagnéticas, micro-ondas,…também as ondas marítimas são consequência de uma deslocação de energia. Neste caso, antes de haver transporte de energia, existe uma transferência de Energia entre 2 meios: do ar e a água.
Uma onda é normalmente definida como uma vibração ou uma oscilação que se propaga pelo transportando energia, sem que haja transporte de matéria.
As ondas que encontramos na praia, são causadas pelo vento. Pode parecer estranho, principalmente em dias tranquilos, em que as ondas continuam a vir, mesmo não havendo vento aparente. As ondas não são propriamente causadas pelo vento, no sítio onde estamos, mas sim, pelo vento, através do vasto oceano. Podem ter a certeza que se o vento não sopra por aqui agora, deve estar a soprar forte, algures por esse oceano sem fim.
O vento sopra na água criando forças de pressão e fricção que desequilibram a calmaria da superfície. É desta forma transfere parte da sua energia para a água.
Há vários fatores que podem influenciar, quanto dessa energia é passada do vento para a água:
- se é forte ou fraco,
- se está isolado numa área pequena ou espalhado por uma área maior,
- durante quanto tempo esse vento sopra.
Estes fatores combinados, vão influenciar na energia do Swell ou tamanho das ondas que chegam à nossa costa.
Todas estas variáveis são importantes para descobrir quanto dessa energia é passada de um elemento para o outro. Isto para dizer que mesmo quando na praia não bole uma aragem, é possível haver uma ondulação bem grande.
Uma curiosidade a reter é que uma onda que ainda não rebentou, transporta energia, mas não transporta matéria, daí que seja tão interessante estudar e perceber então como é que deslizamos numa onda que ainda não quebrou e quanto exatas devem ser as nossas ação em determinados tipos de ondas, para conseguirmos usufruir da sua energia.
Às ondas que viajam km e chegam às margens das nossas praias, chamamos de swell.
Quando estas ondas ou o Swell, “tropeça” nos diferentes fundos das nossas praias, as ondas quebram. Mas esta matéria, da mecânica de como quebram as ondas é mais uma lição. Aguardem.
Esta descrição é muito genérica, simples e pouco detalhada. No entanto, combinada com a informação das lições anteriores e das próximas em que abordamos também o que é o comprimento, velocidade, frequência, tamanho das ondas e, direções e velocidade do vento e aplicamos todo este conhecimento aos recortes da costa, e o abordamos no nível ideal de aprendizagem de cada um dos nossos praticantes, tiramos resultados incríveis. E tantas vezes colecionamos aquele “aaaaahah já entendi”, que depois nos ajuda a dar mais um salto na evolução dos nossos praticantes.